Fique atento aos principais golpes contra MEIs e pequenos empreendedores

De acordo com dados do Atlas dos Pequenos Negócios de 2022, divulgado pelo Sebrae, o número de pequenos negócios aumentou 19% nos últimos dois anos. Atualmente, o país conta com 8,7 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) e 6,6 milhões de micro e pequenas empresas em atividade, gerando uma renda anual de R$ 420 bilhões para as famílias dos empreendedores.

No entanto, com o aumento do número de pequenos negócios, também ocorre um aumento de golpes contra MEIs e pequenos empreendedores, onde pessoas mal-intencionadas se aproveitam do interesse destes administradores em conseguir benefícios e facilidades, como abrir uma conta bancária em nome do negócio, obter crédito e oferecer diferentes formas de pagamento para as pessoas e empresas que compram seus produtos e serviços. Com isso, surgem boletos falsos, sites enganosos, golpes envolvendo o PIX e outras tentativas de fraude que podem assustar o pequeno empreendedor.

Para ajudá-lo a se proteger dessas práticas fraudulentas, separamos algumas informações que vão contribuir para sua segurança financeira. Continue a leitura!

O Golpe do falso site do MEI

Este é um dos principais esquemas de golpes contra MEIs, os golpistas criam uma página falsa, com a mesma aparência ou similar ao portal oficial do empreendedor, que funciona dentro do site do governo e é acessado por meio de uma conta gov.br.

Como isso funciona:

O golpe é aplicado por meio de links falsos que são enviados por e-mail, WhatsApp ou até mesmo através de anúncios que promovem benefícios ou serviços para atrair o empreendedor. Ao clicar no link, a vítima é direcionada para o site falso, onde acaba fornecendo dados pessoais ou bancários. Os fraudadores usam diferentes iscas para conseguir informações, como apoio para acelerar a inscrição, fazer a declaração anual de faturamento e até mesmo aumentar o volume faturado. É importante lembrar que a inscrição no MEI é gratuita, fácil de fazer e não é possível aumentar o seu teto de faturamento.

Para evitar esse golpe, é essencial verificar sempre o endereço que aparece na barra do navegador para garantir que ele é oficial e seguro. Páginas do governo começam sempre com www.gov.br/ seguido do nome da página que, neste caso, é empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor. Sites que terminam com “.com”, “.com.br”, “.org.br”, entre outros, não são públicos. Outra boa ideia é verificar se antes do endereço há um cadeado de segurança do site. Verifique, ainda, se o endereço do site tem o HTTPS assim, com a letra S no final (HTTPS://nomedosite.com.br). Isso indica que o site é protegido pelo certificado digital SSL.


Golpe do QR code falso

O golpe do QR Code falso é aplicado por meio do envio de um QR Code que supostamente corresponde a alguma conta que você deve pagar. Depois que a transação é feita, a vítima descobre que o dinheiro foi parar na conta dos golpistas. Este truque também pode ser aplicado no ponto de venda, onde o fraudador se aproxima do local onde os comerciantes costumam deixar o QR Code à vista para o consumidor escanear e colam um QR Code falso por cima.

Para evitar esse golpe, é fundamental conferir o nome do beneficiário informado pelo banco ao escanear o QR Code. Se o nome for diferente do que você espera, não pague. Fale com o lojista ou vendedor e confirme o nome e CPF do beneficiário do pagamento.

O boleto falso

O golpe do boleto falso pode ser iniciado através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é uma dívida inexistente com a Receita Federal, ou até mesmo por uma mensalidade de plano de saúde que o empreendedor de fato tenha. A vítima recebe um boleto idêntico ao original, com as mesmas informações que costuma pagar todos os meses. Acostumada com isso, ela faz o pagamento sem ao menos conferir dados importantes da transação e, ao pagar o falso boleto, o dinheiro vai parar na conta do fraudador.

Para evitar isso, antes de pagar qualquer boleto, confira atentamente os dados do beneficiário (nome e CNPJ), a data de vencimento e o valor, para ter certeza de que a cobrança corresponde ao que você está pagando. Cheque também os três primeiros dígitos do código de barras para conferir se correspondem ao número do banco responsável pela emissão do documento. É importante saber que o DAS, desde 2016, é emitido exclusivamente pelo site oficial do MEI, que faz parte do portal gov.br.

Golpe do empréstimo falso

Essa é outra fraude bastante comum quando o assunto é golpes contra MEIs. Bandidos entram em contato com a vítima por meio de SMS, WhatsApp ou telefone e oferecem empréstimos com juros muito abaixo dos praticados no mercado.

Como esse golpe funciona:

Na maioria das vezes, os golpistas fazem ligações ou enviam mensagens com links maliciosos. Em ambos os casos, são solicitados dados ou documentos pessoais. Para que a “liberação do empréstimo” aconteça, é cobrada uma quantia. No entanto, o objetivo desses golpistas é apenas obter dados e dinheiro.

Para evitar cair nesse golpe, é importante não clicar em links de desconhecidos e jamais fornecer dados pessoais. Desconfie de empréstimos com condições anormais e entre em contato com seu banco pelos canais oficiais de relacionamento que você encontra no aplicativo ou site.


E-mails com pedidos de retificação

Quem é MEI precisa realizar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN SIMEI) anualmente e os golpistas, sabendo disso, criaram este golpe que acaba confundindo o microempreendedor com pedidos de retificação do documento.

Como funciona:

É ao acessar um link que é encaminhado pelos criminosos, que toda a prática acontece, onde acaba sendo instalado no aparelho um programa espião que recebe dados pessoais e bancários do empreendedor. Essa prática é conhecida como phishing que é uma técnica usada para enganar usuários de internet utilizando fraude eletrônica para obter informações confidenciais.

Como evitar: Se você quiser checar a veracidade da comunicação, digite o endereço oficial da página diretamente no navegador, ao invés de acessar o link enviado. Além disso, vale lembrar que a Receita Federal não manda mensagens via e-mail sem a autorização de contribuintes, nem autoriza terceiros a fazê-lo em seu nome.

E agora podemos concluir que…

Para evitar cair em golpes contra MEIs e pequenos empreendedores, é importante seguir algumas medidas de segurança:

– Não compartilhe informações confidenciais, como senhas ou dados bancários, por telefone ou e-mail, a menos que você esteja absolutamente certo da identidade da pessoa com quem está falando;

– Não clique em links ou baixe anexos de e-mails suspeitos ou de remetentes desconhecidos;- Verifique sempre o endereço de e-mail do remetente antes de abrir qualquer mensagem;

– Tenha cuidado com oportunidades de empréstimo que pareçam muito boas para ser verdade. Faça sua pesquisa sobre a empresa antes de fazer qualquer negócio;

– Esteja ciente dos tipos comuns de golpes, como phishing, golpes de investimento, golpe do falso site do MEI e aprenda a identificar os sinais de alerta;

– Confie em seus instintos. Se algo parecer suspeito ou errado, não hesite em pedir mais informações ou ajuda a um especialista em segurança cibernética ou a um órgão regulador relevante.

Não caia em ciladas, procure uma instituição séria e que saiba como te ajudar. O Banco do Vale, presente há mais de 20 anos no mercado, conta com opções seguras de crédito e que podem auxiliar você nesta jornada. Aqui você encontra o Microcrédito, que disponibiliza de R$ 200 até R$ 20 mil, parcelados em até 24x para adquirir materiais, investir em capital de giro e muito mais!

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Confira também: Saiba como separar as finanças pessoais das contas empresariais

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