Não caia nestes 7 mitos do empreendedorismo

Quando o assunto é abrir o próprio negócio, há muitos mitos do empreendedorismo que mais atrapalham do que ajudam. Principalmente com a internet, existem muitas ideias pré-concebidas do que seria a figura do “empreendedor ideal”, o que sabemos não representar a realidade.

Quem decide ser seu próprio patrão, seja por iniciativa ou necessidade, acaba descobrindo que não existe uma fórmula mágica para o sucesso. O que funciona com um tipo de negócio pode não funcionar para outro. Apenas se esforçar não é sinônimo de lucro e a jornada está mais para uma montanha-russa do que para uma estrada em linha reta.

O problema é que ao se deparar com algumas frases de efeito sobre empreender, muitos trabalhadores se sentem frustrados, intimidados ou desanimados de seguirem com os negócios. A seguir listamos alguns mitos do empreendedorismo que você não precisa levar a sério:

1. Você só precisa ter uma grande ideia

Quando pensamos em nomes como Bill Gates, Steve Jobs ou Mark Zuckerberg associamos o sucesso destas pessoas às suas grandes ideias, que levaram às maiores empresas de tecnologia que existem. Mas essa busca incessante por uma grande sacada pode impedir que muitas outras boas ideias, menos ambiciosas, saiam do papel.

Para ter um negócio de sucesso você não precisa ser totalmente inovador ou disruptivo, apenas precisa atender a uma necessidade que as pessoas tenham. Pense em uma área residencial da cidade que não possui uma padaria. Existe uma necessidade de mercado ali. Você não precisa reinventar a roda, às vezes o sucesso consiste em ser a pessoa certa no lugar certo e na hora certa.

2. Alguns empreendedores estão destinados ao fracasso

Esta ideia cruel acaba impedindo que muitos trabalhadores aprendam com os próprios erros e tentem algo novo. Não é porque uma tentativa não deu certo que você se torna uma pessoa fadada ao fracasso. A maioria dos empresários de sucesso passou por muitas tentativas antes de encontrar o rumo para o seu negócio.

Porém, uma característica destas pessoas foi a de aprender com cada erro. Alguém estará realmente fadado ao fracasso se sempre bater na mesma tecla. Se algo não funcionou, analise com cuidado o que aconteceu, por que não deu certo e corrija isso na próxima tentativa.

3. Quem é patrão não tem tempo para a vida social

Viemos de uma noção de empreendedorismo cultivada pelas gerações passadas de que as pessoas vivem para trabalhar, e não o contrário. Isso não se aplica somente a quem abre o próprio negócio, mas a qualquer profissional de alto desempenho, que pode muito bem ser funcionário de alguém.

A ideia de não ter vida própria ou vida social se torna ainda mais forte para o empreendedor porque foi reforçada a ideia de que se ele não trabalha ele não fatura, o que leva a jornadas que comprometem fins de semana, feriados ou férias.

Porém, hoje em dia se discute cada vez mais a necessidade do autocuidado, de dar um tempo para si e cuidar da saúde mental. Quando se está começando é comum que sejam necessários alguns sacrifícios, mas o ideal é que, conforme o negócio se consolida, o empreendedor se organize, delegue e possa desfrutar um pouco daquilo pelo qual tanto batalhou.

4. Empreendedores são jovens

Acompanhada da grande sacada, vem a ideia de que empreendedores são pessoas jovens. Esta pressão se torna ainda mais forte quando surgem notícias de pessoas cada vez mais jovens se tornando empresárias. A impressão que dá é que, se você atingiu certa idade, a sua chance já passou e que você deve se conformar com o que tem.

Felizmente hoje em dia observamos cada vez mais pessoas mudando de carreira e empreendendo em qualquer idade. Não importa se você passou décadas da sua vida trabalhando no mesmo lugar, nada lhe impede de mudar os rumos e abrir o próprio negócio. Idade não é um obstáculo, muito pelo contrário, ela traz consigo uma maturidade que pode ser muito útil na hora de empreender.

5. Não ter chefe é um sonho

Muitas pessoas caem na armadilha de que não ter um chefe é o sonho de todo trabalhador. Pode até ser que você não tenha tido experiências muto boas com algumas lideranças em empregos anteriores, mas a partir do momento em que você é o topo da hierarquia as coisas mudam.

Além das responsabilidades de fazer o seu trabalho você terá a missão de garantir que você tenha um trabalho. Isso irá exigir habilidades que nem todo mundo se dá conta que precisa, porque além de se preocupar com o produto ou serviço, você precisará muitas vezes cuidar de toda a parte de gestão do negócio.

Quem começa a empreender sozinho não é apenas o próprio patrão, é também o próprio administrativo, financeiro, logística, vendedor, secretária e telefonista. Por exemplo, você pode ser um excelente cozinheiro, mas só isso não significa que você será um ótimo administrador de restaurante.

6. Para ter sucesso você sempre precisa dizer “sim” aos clientes

Na melhor das intenções, é muito comum que empreendedores aceitem qualquer trabalho que surja. Além do dinheiro que entra, ele conquista clientela, que poderá indicá-lo a outras pessoas e permitir que o seu negócio tenha sucesso. É claro que agradar os clientes é fundamental, mas nessa hora é fundamental que o trabalhador conheça suficientemente as suas possibilidades e limites para entregar um trabalho satisfatório.

Um erro muito comum de quem está começando é acabar prometendo o que talvez não se possa cumprir. Por exemplo, na intenção de agradar o cliente e se diferenciar, o profissional pode acabar prometendo um prazo mais curto do que é realmente possível. Isso pode levar a duas consequências: atraso na entrega ou a entrega de um produto ou serviço de qualidade inferior.

Saber dizer “não” é tão importante quanto dizer “sim”. Ou pelo menos saber gerenciar melhor as expectativas dos seus clientes de acordo com o que você pode entregar com qualidade. Às vezes é preciso dar um passo para trás para poder dar dois para frente.

7. Você precisa de muito dinheiro para crescer

A ideia de que “você precisa ter dinheiro para fazer dinheiro” tem um fundo de verdade, mas ela é superestimada. Dinheiro não é sinônimo de sucesso, são necessários outros fatores, como planejamento, foco e comprometimento.

Há alguns especialistas que defendem que começar algo com dinheiro sobrando pode ser perigoso, pois as pessoas diminuem os riscos de prejuízo, pensam muito no futuro e esquecem de enxergar o presente. Parece contraditório, mas quem tem recursos limitados tem mais a perder.

Ainda assim, algum dinheiro é necessário para começar as coisas e fazer a roda girar. E é por isso que o Banco do Vale atua como um verdadeiro parceiro de negócios. Além de oferecer linhas de crédito a empreendedores, ele auxilia seus clientes na gestão do próprio negócio, para que eles tenham todos os recursos possíveis para fazer o seu negócio prosperar.

Leia também: 6 Dicas para profissionais liberais e autônomos

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