Empreender no ramo da alimentação é o desejo de muitas pessoas. Com um acesso relativamente fácil, boa margem de lucro e investimento inicial acessível, muitos empreendedores acabam recorrendo a esta área. Porém, assim como qualquer ramo, o setor alimentício tem peculiaridades e desafios que devem ser levados em consideração.
Mas isso não deve intimidar quem quer empreender nesta área, até porque ela é muito procurada no nosso país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro utiliza 25% de sua renda com alimentação fora do lar. É o segundo maior gasto, atrás apenas dos custos com habitação.
Ainda assim, não significa que todos o que investem em alimentação têm um caminho fácil e muito menos sucesso garantido. Para qualquer tipo de negócio vingar e se tornar duradouro é preciso se preparar antecipadamente, conhecer bem o seu público e ter bastante jogo de cintura para se adequar às mudanças de mercado.
Se você trabalha ou pretende trabalhar no ramo alimentício, fique atento a estas dicas do Banco do Vale:
1. Pesquise o seu tipo de estabelecimento
O ramo da alimentação pode ser bem abrangente: restaurantes, lanchonetes, padarias e docerias são apenas alguns exemplos de possibilidades. Assim como outros setores, ele também passa por modismos, com alguns tipos de estabelecimentos sendo mais procurados por determinado período.
Por isso, é importante observar o que é apenas uma moda e o que é uma tendência. Por exemplo, paletas mexicanas e iogurterias foram uma moda, hoje em dia são poucas as que restaram. Já trabalhar com pães de fermentação natural, alimentos veganos e guloseimas funcionais está se mostrando uma tendência que acompanha hábitos alimentares mais estruturais, e que provavelmente irão persistir por muito tempo.
2. Pesquise o seu público
Entenda quem são as pessoas que compram ou que deverão comprar os seus produtos. Elas possuem hábitos específicos? Em quais dias e horários a compra é maior? Há algumas cidades com muitos cafés, padarias e restaurantes fechados aos domingos – isso ocorre por que não há demanda ou existe ali uma oportunidade de se diferenciar da concorrência?
Assim como em qualquer área, é o negócio que tem que se adequar ao seu público e não o contrário. Por isso, procure pesquisas de hábitos de consumo na sua região ou simplesmente fique atento ao comportamento das pessoas em estabelecimentos semelhantes ao seu. Desta forma você consegue destinar esforços de maneira mais assertiva e evitar prejuízos.
3. Tenha um plano de negócios
Se você pensa em abrir um negócio, o ideal é fazer o plano antes mesmo de tirar as ideias do papel. Se você ainda está começando ou está sentindo alguma dificuldade nas vendas, há tempo de readequar os planos também.
Nesta etapa você irá elencar tudo o que precisa para abrir o seu negócio, quanto precisa faturar para ter lucro, quais devem ser os custos com aluguel e equipe, além de levantar quais as suas forças, fraquezas, desafios e oportunidades com o negócio.
Também é importante vislumbrar como será a primeira etapa do seu negócio diante dos recursos que você tem disponíveis: trabalhar apenas com delivery? Apenas com ponto comercial? Haverá consumo no local? Cada proposta impõe investimentos dos mais variados orçamentos, por isso, avalie as suas possibilidades e, se necessário, comece pequeno para crescer aos poucos.
4. Atenção a fornecedores, estoque e equipe
Existem pessoas que iniciam no ramo da alimentação por já terem uma aptidão para isso, preparando os próprios alimentos que serão vendidos e em alguns casos fazendo tudo sozinhas. Se este não é o seu caso, é necessário redobrar a atenção na hora de contratar, para ter certeza de que entregará um produto à altura das expectativas dos seus clientes.
Além dos recursos humanos na cozinha, é preciso ter um cuidado especial com os fornecedores que você escolherá. A qualidade dos insumos está condizente com o que se espera do seu produto? Oferecem um bom custo-benefício? Entregam no prazo esperado?
Outro cuidado necessário é com o estoque. Este, aliás, é um dos grandes desafios deste setor, afinal, alimentos possuem um prazo mais curto para consumo. É preciso muito conhecimento e jogo de cintura para não perder estoque vencido, mas também para não deixar o seu cliente na mão por falta de produtos.
5. Não se esqueça do atendimento
Você pode ter o melhor ponto, o restaurante mais bonito e o melhor prato da cidade, mas se o atendimento do seu negócio não for bom, todo o esforço terá sido em vão. E quando falamos de atendimento não nos referimos apenas à cordialidade dos atendentes (que é item obrigatório), mas de toda a experiência pela qual o cliente passa.
Há facilidade para que as pessoas conheçam o seu cardápio e os preços praticados? O tempo de espera é razoável? O estabelecimento abre a possibilidade de alterações nos pratos? Como é a apresentação da refeição? Na hora de pagar, o cálculo é preciso? Há formas de pagamento dentro das expectativas do cliente? Tudo isso conta na experiência que as pessoas terão com o seu negócio, que é o que realmente definirá se elas se tornarão clientes fiéis ou se irão procurar o concorrente na próxima oportunidade.
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6. Atualize-se sempre!
Por ser um mercado com constantes novidades, o ramo alimentício exige atualização constante. Pode ser sobre novos pratos, novos ingredientes, novas formas de atender o seu cliente. A previsibilidade é uma via de mão dupla: é o que trará de volta clientes fiéis que já têm memória afetiva com determinados pratos, mas também é o que fará as pessoas buscarem novidades na concorrência. O ideal é manter-se fiel aos seus pontos fortes e sempre apresentar algum tipo de novidade aos seus clientes, para que eles continuem tendo o prazer de ser surpreendidos de maneira positiva pelo estabelecimento.
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