Você sabe a diferença entre profissionais liberais e autônomos? Estamos falando essencialmente daquele trabalhador que não possui vínculo empregatício com alguma empresa e que não ocupa cargo público. É aquela pessoa que trabalha por conta própria, prestando serviços de forma livre.
O que diferencia um profissional liberal de um autônomo é basicamente a regulamentação da sua área de atuação. O profissional liberal tem sua profissão regulamentada, com formação técnica em sua área de conhecimento. Eles são registrados em um conselho de classe ou ordem, podendo trabalhar como pessoa física ou jurídica, com um CNPJ próprio.
Alguns exemplos de profissionais liberais são médicos, dentistas, corretores de imóveis, arquitetos, advogados, jornalistas, engenheiro, administradores, contabilistas e corretores de seguros.
Já o profissional autônomo se dedica a sua atividade de maneira independente, sem a necessidade de uma formação específica ou vínculo com algum tipo de conselho. Assim como o liberal, ele também pode atuar como pessoa física ou ter um CNPJ próprio. Para ter garantias e poder emitir notas fiscais, mesmo como pessoa física, o autônomo deve ser registrado nas prefeituras, sendo autorizado pelo órgão público para exercer o seu trabalho.
Alguns exemplos de profissionais autônomos são pintores, eletricistas, vendedores independentes, designers e encanadores.
O empreendedorismo dos profissionais liberais e autônomos
A flexibilização das leis trabalhistas no Brasil aumentou as possibilidades de se trabalhar de maneira independente e dentro da formalidade. A modalidade do Microempreendedor Individual (MEI), por exemplo, permite que diversas categorias de profissionais liberais e autônomos possam ter seu CNPJ de forma simplificada, com menos burocracias e contribuindo para o INSS, contando tempo de trabalho para a aposentadoria pela Previdência Social.
Leia também: 5 dicas de como empreender um negócio em casa
Para muitas pessoas, atuar de maneira independente, seja como profissional liberal ou autônomo, é uma alternativa diante do desemprego, mas para outras é uma forma mais livre de se trabalhar ou ainda uma mera etapa empreendedora: a do início de um negócio que irá crescer e gerar outros empregos.
Seja qual for o motivo para se trabalhar de forma autônoma, há alguns pontos de atenção que todos os profissionais que trabalham desta maneira devem levar em conta. Confira algumas dicas:
1. Conhecimento é a sua matéria-prima
Mesmo para quem não é profissional liberal e não precisou de uma formação específica, o seu conhecimento definirá a qualidade do serviço e a satisfação dos seus clientes. Por isso, alimente este conhecimento constantemente: seja com cursos de atualização, pesquisas, leituras e até mesmo aprendendo diante dos desafios profissionais do dia a dia.
Quando se trabalha sozinho, você depende apenas de si mesmo e é justamente por isso que o seu conhecimento profissional, a sua experiência e a sua maneira de resolver os problemas dos clientes se tornarão os seus principais diferenciais no mercado.
2. Bom relacionamento é a chave
Não adianta ter apenas bom conhecimento sobre a sua profissão, é preciso atender bem e deixar o seu cliente feliz com todas as etapas do processo. Na prática, um cliente pode até ter ficado satisfeito com o resultado do seu trabalho, mas se para isso ele enfrentou dificuldades de comunicação, falta de atenção por parte do prestador de serviço ou algum tipo de embate, é muito provável que não queira contratar este profissional novamente.
O bom relacionamento com os seus clientes é o que transformará a experiência deles com o seu serviço em algo não apenas eficiente, mas em algo realmente positivo. Clientes felizes contratam novamente e recomendam o profissional a outras pessoas. Alimente este bom relacionamento para crescer e se consolidar.
3. Esteja ciente dos riscos da falta de estabilidade
O que impede muitos profissionais de se tornarem liberais ou autônomos é a insegurança do pagamento no fim do mês. E é uma preocupação legítima. Quem decide trabalhar de maneira independente deve estar ciente de que receber por serviços avulsos na maioria dos casos resultará em uma renda variável. Ou seja, em um mês você pode receber menos e no outro mais. A dica aqui é se preparar financeiramente para estes altos e baixos e não desistir na primeira pedra que encontrar pelo caminho.
4. Planeje-se e seja fiel a sua visão
Trabalhar exclusivamente de forma autônoma exige planejamento, e não apenas financeiro. Tenha ciência de suas receitas e despesas e entenda o quanto precisará trabalhar para alcançar o rendimento que considerar ideal. Para quem possui planos de crescimento, é preciso aplicar esta projeção de acordo com a sua visão de negócio. Por exemplo, em um ano você quer aumentar o seu faturamento em dez vezes. Planeje-se e estruture-se para alcançar esta meta no tempo pretendido.
Ser fiel a sua visão também é importante. Por mais que o mercado exija jogo de cintura para se adaptar a algumas situações, tenha sempre em mente aonde quer chegar o que o motiva a perseguir este sonho.
5. Controle suas finanças e custos
Você sabe o quanto é justo cobrar pelo seu trabalho? Esta é uma resposta que todo profissional liberal ou autônomo precisa ter na ponta da língua. Algumas categorias profissionais estabelecem valores mínimos para uma série de serviços, o que pode ajudar a calcular o quanto aquele trabalhador pode cobrar de acordo com outros critérios, como conhecimento, experiência e estrutura, por exemplo.
Para estes e para os autônomos que não têm uma tabela específica, vale pesquisar o quanto se cobra no mercado, mas também é fundamental colocar na conta o seu custo. Afinal, o quanto vale a sua hora? O quanto de despesas você têm para trabalhar desta maneira? Que diferenciais agregam valor ao seu serviço? Tenha isso em mente e mantenha um controle de suas receitas e despesas, ou seja, de todos os valores que entram e que saem.
6. Separe um tempo para a gestão do negócio
A expressão “tempo é dinheiro” tem um sentido ainda mais importante quando se trabalha de forma independente. Um fator que muitos trabalhadores que decidem empreender por conta própria esquecem de levar em consideração é a operação do próprio negócio. Eles estão tão focados na realização do serviço em si que esquecem que é preciso separar um tempo para organizar a agenda, comunicar-se com os clientes, emitir notas, pagar impostos etc.
Quando se trabalha sozinho é preciso estar atento a todos estes detalhes e sempre separar um tempinho para esta parte mais burocrática. Todo profissional que trabalha assim é sua própria secretária, seu próprio administrativo e seu próprio financeiro.
A boa notícia é que todos eles podem contar com o Microcrédito do Banco do Vale para tirar seus planos do papel. Clique aqui e faça uma simulação.
Leia também: 6 Passos para um bom planejamento financeiro